quinta-feira, 18 de junho de 2009

Não rolou

Pois é, não consegui acabar de escrever a última parte da aventura em Praga e amanhã bem cedo estou embarcando para Estocolmo, voltando só segunda-feira (22/06). Provavelmente não levarei o notebook, então estarei incomunicável e também impossibilitado de escrever aqui até o meu retorno.

Em outras palavras, vou empurrando com a barriga essas histórias :P Vamos torcer que eu consiga pelo menos terminar de narrar o que acontecer em Estocolmo antes de viajar de novo...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Post Extra: O Domingo Mais Estranho até Hoje

Eu pretendia hoje (segunda feira), depois de ficar alguns dias sem atualizar, postar a próxima parte dos acontecimentos de Praga. Entretanto, meu Domingo foi esdrúxulo demais e merece uma atenção especial.

Tudo começou com nossos planos de ir até Berlin para conseguir assistir Star Trek com áudio em inglês. Sim, aqui na Alemanha a imensa maioria dos cinemas só apresenta filmes dublados, o que dificulta bastante as coisas.

Chegando ao Sony Center (local do nosso cinema-alvo), uma "pequena" surpresa: tapete vermelho, sistemas de iluminação especial, imprensa, cartazes... Uma baita estrutura. Dentro de algumas horas, aconteceria a Premiere nacional de Transformers 2: Revenge of The Fallen.


Altas balacas

Enquanto esperávamos junto com uma pequena multidão, notamos que um fotógrafo do nosso lado tinha uma lista de nomes dos presentes na Premiere em mãos. Notando que comentávamos sobre a tal lista, ele gentilmente nos emprestou a mesma. Para nossa decepção, não constavam na lista nem Megan Fox e Shia LeBouf (atores principais), nem Michael Bay (diretor), nem Spielberg (produtor).

Devido a este evento, a única sessão disponível era as 22h. O Luca foi embora pra casa antes, pois não estava com tanta vontade assim de ver o filme, a ponto de esperar tantas horas, e a premiere também parecia que ia ser sem graça. Eu e o Alfredo, que queríamos ver o filme, e não tínhamos nada melhor pra matar o tempo, ficamos ali para acompanhar o desenrolar da Premiere.

Durante boa parte do tempo, aparentemente apenas os Chics&Famosos de Berlin/Alemanha passavam por ali, o que significa que eu não conhecia absolutamente ninguém. Até que de repente, chegam de limusine Michael Bay, Shia LeBouf e Megan Fox, para delírio do povo que estava lá.

O Michael Bay, extremamente bem disposto, ia batendo foto com quem pedisse, autograva tudo na maior calma, até trocava algumas palavras se alguém fizesse uma pergunta/comentário. Quando ele passou na nossa frente, eu pedi: "Michael, só quero um aperto de mão... E uma foto disso :D", no que fui prontamente atendido.

Sintam a felicidade da criança

Pouco depois, Megan Fox passou por onde estávamos também. Com ela o tumulto foi bem maior e ela simplesmente autografava o que estivesse pela frente. O Shia LeBouf não chegou a ir perto de onde nos encontrávamos, mas deu pra perceber que ele tem no máximo uns 1,70m.

Megan Fox no frenesi do autógrafo

Algumas horas depois, quando nos dirigíamos para a sala onde era nossa sessão de Star Trek, uma situação bastante estranha (para mim e o Alfredo): os Chics&Famosos alemães estava saindo da sala onde aconteceu a Premiere, e passamos ao lado de alguns que estavam distribuindo autógrafos antes. Reitero, não faço idéia alguma de quem eram essas pessoas.

Mais um salto no tempo, e um pouco depois da meia-noite e meia saímos do cinema. Caminhamos até a estação central ainda sem saber muito bem se ainda teria algum trem até Potsdam. Lá, olhamos rapidamente os horários e vimos um trem rápido que sairia em 35 minutos. Depois de esperar uns 15 ou 20, percebemos que o tal trem só passava aos sábados e domingos e que deixamos passar por ratiada o último trem para casa.

A melhor forma de voltar para casa agora, era pegar 4 ônibus e levar mais de 2h. Como não tínhamos escolha, partimos pra indiada.

Esperando ônibus as duas da manhã

Ainda houve tempo para algumas estranhezas: em uma das trocas de ônibus, precisamos descer em uma parada, atravessara rua, pegar outro da mesma linha na direção oposta, de forma a continuar indo no mesmo sentido. Não entenderam? Nem eu, mas funcionou. Mas apesar de tudo, ainda estávamos com um pouco de sorte. Em determinado momento, atravessamos um gramado e nem 2 segundos depois de pisarmos fora dele, o sistema de irrigação ligou. Escapamos por muito pouco de um belo banho.


Uma de nossas 4 viaturas da noite


Meia hora esperando na frente dessa estação

Depois de muito ônibus, chegamos em casa pelas 5h. Tudo isso porque resolvemos ir no cinema domingo.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pelas longas Autobahns da Vida - A Igreja

No Domingo, acordamos naturalmente as 9h30 aproximadamente (inclusive eu!), e começamos um novo dia de turismo. Se lembrarem de como terminou o último dia, podem reparar que eu NÃO coloquei a bateria da minha câmera para carregar e por isso só consegui bater uma meia-dúzia de fotos antes da bateria entregar os pontos. Então, a maioria das fotos que aparecem nesse post são cortesia do Alfredo e do Luca.

Voltamos à Charles Bridge, onde eu comecei a ter uma idéia do que é um lugar ser tomado de turistas. Eu ainda não sei se encontrei alguém natural da República Tcheca durante minha estadia lá, pelo menos nas ruas. Para todo lugar que se olhava, turistas e mais turistas por todos os lados.

Mar de turistas e torre na
entrada da Charles Bridge

A torre pela qual se tem que passar pra atravessar a ponte data de 1357, e é aberta para visitação. Lá em cima, de novo, uma ótima vista para todos os lados e também havia uma apresentação em vídeo com uma rápida história da ponte, da torre, e de alguns Reis da região. A título de curiosidade, a torre foi oficialmente inaugurada no ano 1357 dia 9/7 as 5h31, de forma a aparecerem os números ímpares simetricamente. Cada rei maluco que tem por ai né :P


Charles Bridge, Rio Vltava e Catedral de St. Vitus
vistos do alto da torre

Durante toda extensão da ponte, há imagens de santos e coisas do gênero. Em uma delas, todas pessoas que passavam paravam para enconstar na estátua. Guias faziam excursões inteiras trancar o fluxo na ponte para que todos tocassem no dito ponto. Ainda não tenho a menor idéia de porque faziam isso, ou que santo era aquele, mas na dúvida, nós três também encostamos ali :D

Mal não vai fazer...

Conforme se anda pela ponte, devido ao grande fluxo de turistas que passam por ela, se vê muitos (mesmo) desenhistas de caricatura, vendedores de cartões postais feitos a mão, bandinhas, etc.





Seguimos ladeira acima para nosso principal objetivo do dia, visitar o Castelo de Praga (a Catedral de St. Vittus é cercada pelos prédios do Castelo). Quando chegamos no pátio de entrada, notamos que uma pequena multidão se aglomerava em um dos lados, atrás de uma corda. Logo descobrimos que em 15 minutos aconteceria a Troca da Guarda. Aproveitamos e assistimos junto com uma multidão ao evento.




Entramos então em uma enorme fila para comprar as entradas no Castelo e na Catedral e também os áudio-guias. Na fila, um senhor de idade, proveniente dos EUA, puxou conversa conosco e nos deu algumas dicas de (mais) outra igreja em Praga, e de algumas cidades da Europa.

A Catedral de St. Vitus. É um troço. Absurdo. Eu não consigo pensar em uma forma muito melhor de descrever, então fiquem com algumas imagens:


98 metros de altura


É de tirar o fôlego


Nem preciso comentar


Eu e o vitral da frente da Catedral


Eu, Alfredo e, pra variar, um
modestíssimo órgão


Túmulo de São Wenceslau, o
"Governante Eterno" da Rep. Tcheca


De ladinho

Como estávamos usando os áudio-guias, ficamos muito tempo dentro da Catedral, ouvindo toda a história de cada uma das capelas que existe dentro dela. E, como em quase qualquer lugar em Praga, também estava lotado de turistas.

Continuando nosso passeio, entramos no Castelo de Praga, onde não havia muita digna de nota, fora a sala onde ocorreu a Segunda Defenestração de Praga e um salão muito grande onde se realizavam banquetes e até justas.


Aquilo é um áudio-guia, não um telefone

Visitamos ainda a torre que era uma antiga prisão, onde estão expostos alguns equipamentos de tortura. Um local bastante agradável.


Confortável


Cortem a cabeça!

Passeando pelos jardins e cercanias do Castelo, fomos até o ponto de aterrisagem da Defenestração, que possui um monumento para marcar esse evento histórico:

Olhando para o lado errado


Lado externo da muralha

Na volta para o albergue (não tínhamos feito pausa para almoçar), paramos para comer em um KFC (Kentucky Fried Chicken, pra quem não conhece) e tivemos umaa agradável surpresa ao descrobrir que ali existia Wireless gratuita. Depois de comer bem, fomos até o albergue buscar os notebooks e ficamos por ali até nos expulsarem porque o lugar estava fechando.

Um dia sem nenhuma maluquice ou indiada? Impossível. Como não estávamos com sono, resolvemos sair para uma caminhada noturna por Praga. Acabamos indo até a praça onde fica o relógio astronômico da Prefeitura, e como faltavam 10 minutos para hora cheia, resolvemos ficar ali e ver o que diabos acontecia pra reunir sempre uma multidão.

Enquanto esperávamos, um cidadão, completamente encachaçado, estava tentando bater fotos da torre. Como ele estava muito perto da base, precisava se inclinar pra trás para conseguir enquadrar a torre toda. Mas cada vez que se inclinava, ele se desequilibrava e quase caia. Estava bem divertido, quando ele chegou perto e pediu alguma coisa em algum idioma, que eu não entendi.

Eu estava supondo que ele queria uma foto dele com a torre, mas realmente não entendia o que ele queria. Demorou um bom tempo até perceber que a intenção do maluco era que eu o apoiasse para que ele não caísse quando se inclinava pra trás. Depois de alguma dificuldade, consegui convencer o gambá a me deixar em paz, enquanto o Alfredo e o Luca se divertiam com a situação bizarra que me envolvi.

E o relógio? Nada, absolutamente nada. Não sei se é uma grande pegadinha mundial ou se só naquela hora/dia o relógio estava com defeito, mas foi bastante frustrante.

Depois dessa, voltamos pro albergue e nos recolhemos, descansando para o próximo dia.

PS.: Espero postar aqui o último capítulo dessa saga ANTES de viajar para Estocolmo, na sexta-feira (19/06). Permaneçam atentos :D

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pelas longas Autobahns da Vida - A chuva

Continuando daonde o último capítulo nos deixou: largamos as mochilas no hotel, deixamos o carro estacionado ali, pegamos as câmeras e partimos para conhecer a cidade, com algumas dicas dadas pela recepcionista do albergue.

Não demorou muito para perceber que Praga é uma cidade fora dos padrões. Muitos prédios antigos, ruas estreitas, e quando menos se espera, depara-se com alguma construção enorme que estava encoberta pelos prédios a sua volta.


Existem algumas dessas pela cidade



A mesma torre, pelo outro lado

Seguindo apenas mais uma quadra ruas apertadas adentro, chegamos a uma praça (nome? até parece :) que é um dos principais pontos turísticos de Praga. De um lado, temos a prefeitura e seu relógio astronômico:


A Prefeitura

E o Relógio Astronômico

No lado oposto à prefeitura, se encontra a igreja .... Entendam que eu visitei mais ou menos 5 igrejas só em Praga, então não recordo o nome de todas :P Continuando, uma igreja do lado oposto:


Essa é gótica

E em ainda outro lado da praça, outra igreja que, creio eu, é de São Nicolau:

E essa é barroca

Andando pela praça, de repente nos deparamos com uma cena inusitada: o que parecia ser um casamento vietnamita. Nos apressamos em bater fotos, pela total inexplicabilidade da cena. Mas assim que olhamos melhor em volta e caminhamos um pouco mais, a explicação ficou clara. Estava ocorrendo uma espécie de "Feira das Nações", com grupos apresentando danças e/ou cerimônias típicas de cada país.

Eu fotografando os vietnamitas

Enquanto começava uma chuva chatinha, fomos até o alto da torre do relógio, na prefeitura. Lá em cima, além da ótima vista da cidade, também ficamos sabendo que a cada hora cheia, algo especial acontecia no tal relógio. Algo que obviamente deveria ser visto da rua, como muitas pessoas estavam fazendo.

Deve ser legal o que acontece,
olha quanta gente


Essa não é a igreja grande de Praga


Essa também não


Aquela lá é a grande!

Lembram da "Feira das Nações" que estava acontecendo? Tinha representante brasileiro sim! Enquanto estávamos na torre, rolou uma apresentação de capoeira, bem fraquinha diga-se de passagem. Já vi melhores no Parcão :P.

Capoeira na chuva

Continuamos nosso passeio em direção aos outros pontos turísticos, e nos deparamos com algo no mínimo curioso pelo caminho:

Realmente inesperado!

Também passamos na frente do Museu Nacional, que fica em um prédio bastante imponente:


Eu curti essa foto :D

Chegamos finalmente à Charles Bridge, local onde multidões de turistas se aglomeram. Nesse momento, já estávamos bastante cansados e não havia tempo para ir até a Catedral de São Vittus e ao Castelo de Praga. O Luca voltou antes para o albergue, alegando que precisava dormir. Eu e o Alfredo continuamos mais um tempo na Charles Bridge apreciando a vista e retornamos por um caminho diferente do que viemos.

Praga tem ruas realmente estreitas


Durante nossa volta, a chuva resolveu apertar. Primeiro nos protegemos no primeiro vão de porta que encontramos, em seguida achamos que seria possível continuar. Ledo engano, mais um banho. Desta vez encontramos um local mais protegido para esperar a chuva passar.



Enquanto aguardávamos, passaram 5 Mercedes exatamente iguais ali na frente. Se isso significou alguma coisa, jamais saberemos, mas foi bastante curioso. Alguns minutos depois, caminhamos de volta para o albergue em uma chuva fraca.

Eu estava tão cansado que cheguei no quarto, deitei na cama, e logo em sequência peguei sono. Deviam ser mais ou menos 21h45.

Não se preocupem, nos próximos capítulos aparecerão fotos da citada vista da Charles Bridge, que cruza o rio Vltava. :) A aventura continua!

domingo, 7 de junho de 2009

Pelas longas Autobahns da Vida - A Neblina

No fim de semana passado (dias 30/05 a 01/06) eu, Luca e Alfredo partimos para outra aventura: ir até Praga, na República Tcheca de carro! Após alguma busca na internet encontramos carros para aluguel a um preço acessível, de uma empresa que permitia levar os carros para fora do país e cuja única restrição era a idade mínima do motorista: 23 anos. Nenhum problema até ai, afinal essa é exatamente a idade do Alfredo.

E lá fomos nós, acordando as 5h30 de sábado para pegar o carro cedo e cair na estrada. Chegando ao balcão da Hertz (empresa de aluguel de carros), pedimos a nossa reserva e, nesse momento, o susto.

Enquanto separava os papéis necessários, o balconista da Hertz comenta: "[...] e como vocês devem saber, a idade mínima é 25 anos [...]". Parado. Foi assim que meu coração ficou por alguns segundos. Até um de nós se recompor e conseguir perguntar: "Não pode um motorista com 23 anos?"

Ao que nosso amigo responde: "Claro que pode, mas ai vai pagar taxa diária." Taxas essas que já eram de nosso conhecimento, e estávamos devidamente preparados. Daí em diante, as coisas melhoraram bastante: nosso carro, que fizemos a reserva como sendo um "Lupo ou similar", acabou sendo um Focus!


Olha a felicidade da criança

Acho importante frisar que apenas tínhamos uma idéia vaga de como se chegava em praga. Sabíamos por qual estrada começar e o resto torcíamos para que fosse fácil. Para nossa sorte, as estradas são extremamente bem sinalizadas e no porta-luva do carro veio um mapa rodoviário extremamente útil. Por esses motivos, a viagem prosseguiu tranquila por bastante tempo.

Uma idéia que tínhamos fixa era conseguir uma foto da placa, sinalização, o que fosse, marcando a fronteira entre Alemanha e República Tcheca. Só não contávamos com a neblina que se abateu sobre nós e com o fato de que tal sinalização consiste em apenas uma placa com no máximo 40x40cm.


Em algum lugar próximo à fronteira

Alguns quilometros passados da fronteira, a neblina desaparece por completo. Creio que fosse só de sacanagem mesmo.

Outro ponto importante destacar: o mapa rodoviário era extremamente útil dentro da Alemanha, o que já não era mais o nosso caso. Em resumo, dependíamos, e muito, da sinalização das estradas.

Quando passamos pela primeira cidade na República Tcheca (não me pergunte o nome), seguir as placas teve como resultado passar pro aproximadamente 7 rotatórias! De alguma forma, acabamos fora da autobahn, em uma estrada cujo limite de velocidade ficava geralmente nos 70km/h. Apesar de ter sido um trecho lento, foi também proveitoso, pois a estrada nos levou por algumas paisagens muito bonitas.


Do outro lado da estrada (e do rio).

Depois de muito se arrastar, voltamos para a estrada principal e seguimos num bom ritmo até Praga. E chegamos também a mais um problema: encontrar a rua do albergue onde havíamos feito reserva. Mesmo com mapas de Praga em mãos, não é difícil se atrapalhar: apenas para dar um exemplo, em determinado momento ficamos "presos", onde a única possibilidade parecia ser dar voltas em uma quadra, nada mais. O trânsito lá pode ser bem confuso.

Não demorou muito pra ficarmos perdidos e precisarmos parar o carro para fazer um planejamento mais preciso.


"Acho que devíamos ter virado na Pařížská"

Alguns minutos analisando as placas e os mapas e seguimos para o nosso destino. Mais algumas voltas e finalmente encontramos o beco a rua do nosso albergue.


É o prédio meio amarelo, à direita

Os atentos devem ter observado que os trilhos do trem passam ao lado do albergue. Um doce para quem adivinhar pra que lado ficava a janela do nosso quarto.

Largamos nossas coisas no albergue, deixamos o carro estacionado e partimos para nosso primeiro dia de turismo em Praga. Mas isso fica para o próximo capítulo! Continuem sintonizados!

sábado, 6 de junho de 2009

Viagem para o Norte - Dias 5 e 6

Você acorda domingo pela manhã, olha a janela e vê um dia cinzento e chuvoso, o que fazer? Voltar a dormir, claro!

E foi exatamente isso que eu, o Luca e o Boina fizemos no meu 5º dia em Copenhagen. Cancelamos os planos anteriores e continuamos a dormir até mais ou menos 14h30. Depois de muito PlayStation 3 e assistir uma "emocionante" partida de futebol feminino dinamarquês a chuva resolveu nos dar uma trégua. Infelizmente, já estava tarde para visitarmos qualquer lugar, então veio a inspiração e Boina disse: "Já sei! Vamos fazer um churrasco, no estilo dinamarquês!".

O que significa algo mais ou menos assim:


Demoramos pra fazer fogo nesse negócio


Muita técnica envolvida!

Ainda se juntaram às coxinhas uma lingüiça bem apimentada e batatas (pra ficar bem dinamarquês/germânico).


Traje formal Dinamarquês


Baita "churrasqueiro"

Após essa brincadeira de algumas horas, voltamos para dentro de casa e para o querido PlayStation 3 :D. Principalmente Call of Duty 4, recomendo esse jogo. No mais, foi um dia basicamente inútil.

No outro dia, requentamos a lingüiça que tinha sobrado e fizemos um arroz-de-china estranho. Depois, um voo tiro curto, menos de uma hora de Copenhagen até Berlin. O melhor é que demoramos mais tempo entre trens e ônibus para chegar do aeroporto até em casa do que entre os dois aeroportos.

Assim, chega ao fim a emocionante saga Viagem para o Norte. Em breve, mais aventuras pela europa! (lembrando que "breve" não é um conceito muito específico).

Viagem para o Norte - Dia 4

Esse capítulo começará num momento diferente do dia: na madrugada do dia 3 para o dia 4 (de sexta para sábado). Esta era minha última noite no albergue, as duas próximas eu iria dormir no sofá da casa do Boina, já que o russo que estava ocupando-o iria embora.

No fim do dia 3, eu, Luca e Boina combinamos de nos encontrar as 14h (ninguém queria acordar cedo) para irmos ao Tivoli, supostamente o parque de diversões mais antigo do mundo em funcionamento. Aproximandente as 4h da manhã, enquanto eu estava fazendo uso da internet gratuita no saguão do albergue, lembrei que teria que fazer check-out no outro dia as 10h da manhã. Surgiu então o problema: o que fazer e onde ficar entre as 10h e as 14h? Mas como meu santo estava forte, o Luca (que se encontrava hospedado na casa de outro brasileiro) também estava acordado e no MSN. Rapidamente combinamos que ele iria acordar as 10h15 para abrir a porta do apartamento pra mim e e tudo estaria resolvido.

Acordei as 9h55, ou seja, só com tempo de me arrumar correndo e arrumar a mochila mais correndo ainda e fazer o check-out. Além da minha mochila, eu precisa carregar o cobertor emprestado pelo Boina (o albergue não fornecia tal mordomia), mas lembrem-se que era um cobertor projetado para o frio dinamarquês. Resultado: eu caminhando por Copenhagen as 10h da manhã na chuva carregando um cobertor enorme (pelo menos frio eu não ia passar!).

À tarde, finalmente, fomos para o Tivoli (cuja abertura data de 15 de Agosto de 1843).


Entrada do Parque

Começamos por um brinquedo que parecia ser um túnel do terror, só que com carrinhos indo pela água, em vez de trilhos. Não era nada disso, era algo totalmente sem emoção, talvez ideal para crianças.

Depois disso nossas escolhas melhoraram bastante. Primeiro demos uma volta na montanha-russa de madeira (bem divertido) e então partimos para o carrossel (!?) mais alto do mundo:





Lá de cima, a vista da cidade é espetacular, e a sensação de estar voando lá em cima é ótima. A próxima atração foi o elevador. Admito que a queda foi mais forte do que eu esperava, bem mais forte.

O elevador e o avião

"Que avião?", podem perguntar alguns. Esse avião era a principal atração do parque, um brinquedo em que "você está no controle!", como dizia o folder. E é verdade, as pessoas andando controlavam a velocidade e as rotações do avião, nunca vi um brinquedo assim. Extremamente divertido. Eu tentei filmar, mas quem estava controlando o brinquedo na hora me sabotou:




Pra se ter uma idéia melhor do potencial do brinquedo, podem olhar esse vídeo do YouTube:




Depois de muito, muito tempo na fila e de finalmente andar nesse brinquedo incrível, queríamos ir na montanha russo de metal, que parecia bem divertida. Estava em manutenção :(. Aproveitamos para ir de novo no carrossel (?!) e na montanha-russa menor que tinha lá, onde eu aproveitei para fazer mais um vídeo (só porque não podia entrar com camêra :) :



Depois de algum tempo, algo mágico: a montanha-russa principal voltou a funcionar! Bem divertida também, o único problema é que a volta dela era muito rápida. Começou, grita, gira, rodopia, flash da foto, acabo. Por isso fomos duas vezes :D


Montanha-Russa e Elevador ao fundo

Como eu mencionei acima, essa montanha-russa tinha fotos no meio do trajeto que podiam ser compradas. Estudantes viajando com pouco dinheiro que somos, não íamos gastar 45 coroas dinamarquesas numa foto. Mas também não queríamos ficar sem a foto. Solução: bater uma foto da foto!

Luca, eu e o Boina em foto "roubada"

Ainda tivemos direito a um show de luzes e águas, muito bonito. Infelizmente nenhuma foto conseguiu pegar bem o que foi esse show:

Essa é a melhor

Depois disso, repetimos alguns brinquedose andamos pelo parque, que fica muito bonito à noite.

Visual noturno do parque, com o carrossel
gigante aparecendo na direita ao fundo.


Crianças e um espelho

Aqui se encerra mais um dia em Copenhagen, um dia extremamente divertido, diga-se de passagem. A saga continua! Aguardem!