domingo, 7 de junho de 2009

Pelas longas Autobahns da Vida - A Neblina

No fim de semana passado (dias 30/05 a 01/06) eu, Luca e Alfredo partimos para outra aventura: ir até Praga, na República Tcheca de carro! Após alguma busca na internet encontramos carros para aluguel a um preço acessível, de uma empresa que permitia levar os carros para fora do país e cuja única restrição era a idade mínima do motorista: 23 anos. Nenhum problema até ai, afinal essa é exatamente a idade do Alfredo.

E lá fomos nós, acordando as 5h30 de sábado para pegar o carro cedo e cair na estrada. Chegando ao balcão da Hertz (empresa de aluguel de carros), pedimos a nossa reserva e, nesse momento, o susto.

Enquanto separava os papéis necessários, o balconista da Hertz comenta: "[...] e como vocês devem saber, a idade mínima é 25 anos [...]". Parado. Foi assim que meu coração ficou por alguns segundos. Até um de nós se recompor e conseguir perguntar: "Não pode um motorista com 23 anos?"

Ao que nosso amigo responde: "Claro que pode, mas ai vai pagar taxa diária." Taxas essas que já eram de nosso conhecimento, e estávamos devidamente preparados. Daí em diante, as coisas melhoraram bastante: nosso carro, que fizemos a reserva como sendo um "Lupo ou similar", acabou sendo um Focus!


Olha a felicidade da criança

Acho importante frisar que apenas tínhamos uma idéia vaga de como se chegava em praga. Sabíamos por qual estrada começar e o resto torcíamos para que fosse fácil. Para nossa sorte, as estradas são extremamente bem sinalizadas e no porta-luva do carro veio um mapa rodoviário extremamente útil. Por esses motivos, a viagem prosseguiu tranquila por bastante tempo.

Uma idéia que tínhamos fixa era conseguir uma foto da placa, sinalização, o que fosse, marcando a fronteira entre Alemanha e República Tcheca. Só não contávamos com a neblina que se abateu sobre nós e com o fato de que tal sinalização consiste em apenas uma placa com no máximo 40x40cm.


Em algum lugar próximo à fronteira

Alguns quilometros passados da fronteira, a neblina desaparece por completo. Creio que fosse só de sacanagem mesmo.

Outro ponto importante destacar: o mapa rodoviário era extremamente útil dentro da Alemanha, o que já não era mais o nosso caso. Em resumo, dependíamos, e muito, da sinalização das estradas.

Quando passamos pela primeira cidade na República Tcheca (não me pergunte o nome), seguir as placas teve como resultado passar pro aproximadamente 7 rotatórias! De alguma forma, acabamos fora da autobahn, em uma estrada cujo limite de velocidade ficava geralmente nos 70km/h. Apesar de ter sido um trecho lento, foi também proveitoso, pois a estrada nos levou por algumas paisagens muito bonitas.


Do outro lado da estrada (e do rio).

Depois de muito se arrastar, voltamos para a estrada principal e seguimos num bom ritmo até Praga. E chegamos também a mais um problema: encontrar a rua do albergue onde havíamos feito reserva. Mesmo com mapas de Praga em mãos, não é difícil se atrapalhar: apenas para dar um exemplo, em determinado momento ficamos "presos", onde a única possibilidade parecia ser dar voltas em uma quadra, nada mais. O trânsito lá pode ser bem confuso.

Não demorou muito pra ficarmos perdidos e precisarmos parar o carro para fazer um planejamento mais preciso.


"Acho que devíamos ter virado na Pařížská"

Alguns minutos analisando as placas e os mapas e seguimos para o nosso destino. Mais algumas voltas e finalmente encontramos o beco a rua do nosso albergue.


É o prédio meio amarelo, à direita

Os atentos devem ter observado que os trilhos do trem passam ao lado do albergue. Um doce para quem adivinhar pra que lado ficava a janela do nosso quarto.

Largamos nossas coisas no albergue, deixamos o carro estacionado e partimos para nosso primeiro dia de turismo em Praga. Mas isso fica para o próximo capítulo! Continuem sintonizados!

4 comentários:

  1. Hehehe.. mto bom cara!
    O nome da cidade na fronteira onde nos perdemos nas rotatorias era Usti, provavelente com algum acento agudo em alguma parte do nome.. =D
    Ahh, sinceramente, estava tao cansado que nao ouvi nenhuma vez o trem passar por ali..

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  2. Ou acento agudo, ou aquele circunflexo ao contrário o.O

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  3. "Acho que devíamos ter virado na Parizska" foi a melhor.

    Muito bacana, essa ta com cara de pura aventura mesmo. Continua que quero saber como termina =D

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  4. ;) passei por aqui. Adoro ouvir as histórias dos privilegiados que moram na Europa.

    beijo

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